O dissabor das perdas

Dá-me a paz do seu olhar

Porto de luz radiando as sensações

Iluminando o vácuo, preenchendo o vazio do amor

Enaltecendo o novo, a chegada de uma nova era!

Passado é um pingo de chuva de ontem, inexiste

Insiste em nos encharcar para padecermos tristes

Fingindo o parecer sereno e tenro da felicidade

Distribuindo em saudades, a vontade mágica e forte do reencontrar

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Quero o mar que agora é nosso

Já não posso suportar a dor destas perdas

De quimeras puras, um beijo molhado, todo seu

É calmaria em meio a tempestades internas, chuviscos no meu sub-consciente

Entendes?

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Vida, tenha a paciência!

Não lhe peço clemência, pena

Apenas respeite essa minha demência

O desgosto de perder queridos

Passa-se o tempo, amores, amigos

Bens, dividas e destinos divididos

Cruzados, os braços enrijecidos

Lançam as mãos aos céus num ato de desespero.