O TELEFONE -38
O telefone tocou, acordei assustada,
Não precisei correr...
Só tive que atender...
Embaixo do travesseiro, como sempre estava.
Tua voz diferente, no “alô” soava,
Meu coração cada vez mais, acelerava,
Foram segundos eternos...
Respiravas forte, mas, nada falavas...
O sangue gelou-me nas veias,
Minhas têmporas pulsando...
Mãos suadas, tremendo...
Vistas embaçadas, já com lágrimas correndo...
A madrugada parou, naquele segundo...
Eu antevendo o fim do mundo...
Foi quando te ouvi, murmurando...
-Oi só liguei para te dizer...
-Que te amo muito... “Mais uma vez...”