ESCRAVA DE SANGUE AZUL
De sangue azul, mas não liberta,
Segue a me servir, minha escrava.
Minha confidente e amiga caneta!
De sangue azul, cor celestial,
Transporta para o papel, toda rima,
Toda poesia que invade a minh’alma.
Tens a missão de passar para o papel,
De forma mais lapidada e beirando o belo,
Tudo o que está rascunhado em minh’alma;
Oh! Minha escrava e confidente caneta!
Vais fazendo conhecidas
Toda dor, toda saudade;
Toda tristeza e felicidade,
Que habitam este coração.
Chegará o tempo, chegará o dia,
Em que terás a tua carta de alforria.
Mas engana-se aquele que pensa
Que terás alegria, e que seja este o teu sonho!
Pois és moribunda quando descansas,
E só viverás...Enquanto viver o teu dono.