ESCRAVA DE SANGUE AZUL

De sangue azul, mas não liberta,

Segue a me servir, minha escrava.

Minha confidente e amiga caneta!

De sangue azul, cor celestial,

Transporta para o papel, toda rima,

Toda poesia que invade a minh’alma.

Tens a missão de passar para o papel,

De forma mais lapidada e beirando o belo,

Tudo o que está rascunhado em minh’alma;

Oh! Minha escrava e confidente caneta!

Vais fazendo conhecidas

Toda dor, toda saudade;

Toda tristeza e felicidade,

Que habitam este coração.

Chegará o tempo, chegará o dia,

Em que terás a tua carta de alforria.

Mas engana-se aquele que pensa

Que terás alegria, e que seja este o teu sonho!

Pois és moribunda quando descansas,

E só viverás...Enquanto viver o teu dono.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 21/02/2012
Código do texto: T3510964
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