Cabocla Sentida...
Em cima da bota e abaixo do chapéu
Existe uma moça inacreditável chamada Raquel
Que quando vai para o sítio vai sempre apaixonada
Atravessa os dias trabalhando e se sentindo abandonada
E por fim volta para casa com a certeza de que foi enganada
Mas isso é um risco que corre quem realmente gosta
Porque o sentimento de uma moça tem valor sim
Independentemente se ela vive na cidade ou na roça
As vezes eu até paro na sombra de uma árvore para descansar
Mais ajudando meus pais na lida eu não tenho tempo para chorar
Porque planto o alimento que irá para a mesa alimentar muita gente
Confesso que desta vez pensei que fosse ser diferente
Finalmente pensei que ia encontrar um rapaz corajoso e cabra da peste
Que ia me segurar e me domar ferozmente sem parecer cafageste
Sou moça simples e criada sem fricotes
Feminina a ponto de dormir apenas envolta em laçarotes
Mas acostumada a montar em burro chucro que da pinote
Eu chorei quando ergui o chicote de couro na mão
Porque no fundo sou apenas um ser humano com coração
E sinto como se essa mentira deixasse dentro de mim um enorme e dolorido vergão
Onde a minha boa fé se transformou em decepção
Mais lágrimas minhas agora só na poesia
Porque enquanto ele se diverte com a primeira vadia
Eu descubro a beleza e a verdade do canto da cotovia
Mostro a vida no campo com dignidade e um sorriso de bem querer e alegria
Um dia quando a idade chegar e lhe faltar a mocidade
De mim ele vai sentir saudade
E irá se lembrar do tempo que ainda era um rapaz
E teve nos braços toda a saliência da moça de Batatais
Ao olhar no espelho e se deparar com rugas profundas numa pele fina
Vai se lembrar dessa cabocla que brincou como se fosse uma menina
Então de si própio sentirá pena
Ao recordar na simples leitura de um poema
" Um dia já foi minha essa morena..."
Em cima da bota e abaixo do chapéu
Existe uma moça inacreditável chamada Raquel
Que quando vai para o sítio vai sempre apaixonada
Atravessa os dias trabalhando e se sentindo abandonada
E por fim volta para casa com a certeza de que foi enganada
Mas isso é um risco que corre quem realmente gosta
Porque o sentimento de uma moça tem valor sim
Independentemente se ela vive na cidade ou na roça
As vezes eu até paro na sombra de uma árvore para descansar
Mais ajudando meus pais na lida eu não tenho tempo para chorar
Porque planto o alimento que irá para a mesa alimentar muita gente
Confesso que desta vez pensei que fosse ser diferente
Finalmente pensei que ia encontrar um rapaz corajoso e cabra da peste
Que ia me segurar e me domar ferozmente sem parecer cafageste
Sou moça simples e criada sem fricotes
Feminina a ponto de dormir apenas envolta em laçarotes
Mas acostumada a montar em burro chucro que da pinote
Eu chorei quando ergui o chicote de couro na mão
Porque no fundo sou apenas um ser humano com coração
E sinto como se essa mentira deixasse dentro de mim um enorme e dolorido vergão
Onde a minha boa fé se transformou em decepção
Mais lágrimas minhas agora só na poesia
Porque enquanto ele se diverte com a primeira vadia
Eu descubro a beleza e a verdade do canto da cotovia
Mostro a vida no campo com dignidade e um sorriso de bem querer e alegria
Um dia quando a idade chegar e lhe faltar a mocidade
De mim ele vai sentir saudade
E irá se lembrar do tempo que ainda era um rapaz
E teve nos braços toda a saliência da moça de Batatais
Ao olhar no espelho e se deparar com rugas profundas numa pele fina
Vai se lembrar dessa cabocla que brincou como se fosse uma menina
Então de si própio sentirá pena
Ao recordar na simples leitura de um poema
" Um dia já foi minha essa morena..."