Batido.

A cada mil anos você volta

para abalar minha convicção,

trazendo lembranças de uma era remota.

Pecados perdidos em outras gerações!

A cada milênio você reaparece,

com novas doutrinas nas quais não acredita

a deusa-sacerdotisa do fogo da neve,

sabedoria vã para iludir almas perdidas!

E eu ainda me pergunto por que

espero sempre por acreditar

que um dia, quem sabe, você

tenha algo novo para mostrar!

Nesses milhões de anos que virão

estou certo que você também há de vir,

trazendo a tábua da salvação,

fazendo assim talvez a minh’alma sorrir!

Enquanto isso não acontece,

eu sigo crendo que só o amor

é capaz de salvar o que se perde,

no tempo feito perfume de flor!

Agora estou tentando compor

algo que para alguém faça sentido,

pois é muito ruim quando o autor

escreve apenas para não passar batido!