Cada vez…

Que te vejo cair

Que te vejo sorrir

Fico sem saber bem o que fazer

Dois extremos do teu ser

Que tocam demasiado

A minha forma de sentir

A minha forma de te percepcionar

A minha forma de te ver…

Porque tal passa a ser um problema também meu

Ou uma alegria

Que não sei como contigo partilhar

Dela fazer parte

Apesar dessa alegria

Fazer parte do que faço

Ou tento fazer melhor

Da minha espécie de arte…

E assim

Ponho-me de joelhos

Numa espécie de prece

Para que recuperes a tua fé

E te ponhas

Para sempre de pé

E assim

Dou comigo em silêncio

Sem saber como agir

Como fazer

Com medo

De te magoar

Que aquilo que possa originar

Te apague o sorriso

Te faça cair

Numa redundância dos sentidos

Que se repete

Que passa por ser a nossa forma de estar

Estranhos caminhos

Estranha via

Que gostaríamos de evitar

Mas pela qual demasiadas vezes costumamos passar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/02/2012
Reeditado em 20/02/2012
Código do texto: T3508962
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