Galope sem rumo

Galope sem rumo

De repente, cavalgo na solidão de escura noite

Montado em meu corcel, fera encilhada

Conduzida aceleradamente sob açoite...

Penetrando no vazio onde há o nada!

Onde não há o cantar dos galos, o frescor das madrugadas,

Não há o nascer do sol, o calor das tardes, a invernada,

O amor... A noite enluarada...

Galopo sem rumo, na direção do nada!

O corcel avança, corre, corre cada vez mais veloz,

Só se escuta o tropel da fuga tresloucada

Carregando um sofrimento atroz

Não tem olhos, não em ouvidos, não tem voz,

Cheio de mágoa, na direção do nada!

Sem retorno nesta louca disparada

Onde apenas a amargura lhe restou,

Desaparece lentamente na estrada

Onde há pouco seu amor o desprezou.

Galopo sem rumo, na direção do nada!

Cassec
Enviado por Cassec em 19/02/2012
Código do texto: T3508822
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