Um algo indefinido da cor do céu…
Tu costumavas ficar em dias azuis
Que eu tentava agarrar
Mas sabia que dificilmente se iriam repetir
Dias azuis
Que sem saber o que eram
Me faziam sorrir…
Onde abríamos buracos no chão
Em vez de estarmos a abrir caminhos no céu
Porque em vez de nos entendermos
Caíamos
Vezes sem conta
Nos caminhos
De uma conhecida
Hoje
Confusão…
E por isso
Por esta falta de entendimento
Do que era essencial
Do que era vital
Falávamos
Mas não nos escutávamos
Estávamos na realidade em silêncio
Porque na altura
Éramos demasiado verdes
Para nos apercebermos de tal
E apesar
Do azul
Ser a nossa cor
Ser a cor do céu comum
Há mais cores do que ela
Ela não é a predominante
Mas é azul
E depois de o sentir
De saber que fazia parte dele
Mais do que poderia imaginar
Era e é azul
A cor que nos pode abençoar
Se eu souber ver as tuas cores
E se tu perceberes
Que apesar de gostar de outras colorações
O azul faz parte de mim
O azul
Nunca irei negar…