Um algo indefinido da cor do céu…

Tu costumavas ficar em dias azuis

Que eu tentava agarrar

Mas sabia que dificilmente se iriam repetir

Dias azuis

Que sem saber o que eram

Me faziam sorrir…

Onde abríamos buracos no chão

Em vez de estarmos a abrir caminhos no céu

Porque em vez de nos entendermos

Caíamos

Vezes sem conta

Nos caminhos

De uma conhecida

Hoje

Confusão…

E por isso

Por esta falta de entendimento

Do que era essencial

Do que era vital

Falávamos

Mas não nos escutávamos

Estávamos na realidade em silêncio

Porque na altura

Éramos demasiado verdes

Para nos apercebermos de tal

E apesar

Do azul

Ser a nossa cor

Ser a cor do céu comum

Há mais cores do que ela

Ela não é a predominante

Mas é azul

E depois de o sentir

De saber que fazia parte dele

Mais do que poderia imaginar

Era e é azul

A cor que nos pode abençoar

Se eu souber ver as tuas cores

E se tu perceberes

Que apesar de gostar de outras colorações

O azul faz parte de mim

O azul

Nunca irei negar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 18/02/2012
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