Prisioneira do Tesão

Deito minha alma num sonho de amor

E me vejo vagabunda na seara do prazer,

Confecciono imagens em que percebo acontecer

Um idílio cuja sensualidade é de profundo sabor.

Meu vulto cambaleia na sensação ardente

E depaupera-me de combustão afrodisíaca,

O viço que se associa à minha estrutura física

Desenha em mim a chama de um desejo persistente.

Um gélido suor enlameia minha face

E desperto cretina por inesperado desenlace

Que me mantém prisioneira de inquebrantável tesão.

O incidente onírico é um insulto à personalidade

Em que conservo indulgente a imaculada virgindade

Que protege o campo onde habita meu coração!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 18/02/2012
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