“ RECEBI A VISITA DA SAUDADE “

Eita saudade quando teima

Em bater na minha porta

Não escolhe hora e nem dia,

Fui logo abrindo e ela foi entrando.

Ofereci coisas lindas e atraentes

Para a saudade me deixar

Mas ela não quis,

Livros para ler,

Um chá para se acalmar um pouco

Sentou-se a saudade numa

Poltrona aconchegante e macia,

E coloquei tocar uma música suave

Para ela se sentir mais a vontade.

Busquei no fundo do baú velas

E acendi e fiquei cabisbaixo.

Em silêncio para ouvir o próprio

Silêncio que não se escutava.

No cantinho da estante um

Porta retrato antigo,

Que refletia sempre e nisto

A saudade levantou-se meia

Sonolenta para me perguntar

Porque eu estava chorando.

Senti-me triste neste instante e

A saudade não pode perceber que

O brilho que brilhava em

Mim neste instante eram

As minhas lágrimas que

Estavam rolando da minha face.

Marcus Rios

Poeta Iunense – Acadêmico -

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 17/02/2012
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