Eu Sempre Sei

Eu sabia...

O som das correntes sendo arrastadas

Era o som das suas

e não das minhas...



Eu sabia...

Encarando o desespero

Enfrentando a escuridão

contornaria a viela da dor

E lá encontraria tua sombra

Teu olhar amedrontador.



Eu sabia...

Que o tapete que pisava

era tuas cartas de amor

Por esta triste via, espalhadas.



Eu sabia...

Que não era abandono

Era apenas uma trilha...

Uma trilha de migalhas!



Eu sabia...

Que o grito do desespero

Jazia disfarçado em Brumas

Porque a verdadeira agonia

Se faz em nosso triste apego...



Eu sempre sei...

Que ao me fechar no vazio

Corro o risco de te encontrar.

Eu sei que não devo...

Mas algo me leva a te procurar

Nas terras distantes e em rostos alheios



Eu sei...

Que em meu sangue

Ainda corre teu veneno.

Tua voz... Tua respiração...



Eu ainda sei

Que corro para o mar

afim de ver chegando Tua Barca

Ancorando nas margens da solidão!



Minha e tua sina

Minha Poesia... Tua Canção!

Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 17/02/2012
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