AMOR DE CARNAVAL
AMOR DE CARNAVAL
Engolfada pelas alegrias
De somente e únicos quatro dias
Esquecera de todos os seus medos
Que viraram meros arremedos
Fora uma paixão colorida
Pelas cores do carnaval
E que agora ficara doída
E lhe causava muito mal
Quando se entregara
Em nada pensara
Afinal era Carnaval
E o prazer era só carnal
Pelo álcool inebriada
Entregara-se com sofreguidão
Esquecera que era casada
Que era proibida a paixão
Agora era quarta-feira
Acabara a besteira
E aquela paixão vã
Não queria deixá-la sã
Deitada sem dormir
Ao lado do real amado
Pensava como sair
Daquele pesadelo acordado
Resolveu contar a folia
E ir embora definitivamente
Não fora o carnaval somente
Que provocara a alforria
Ele acordou a seu lado
E ela começou a contação
Ele calado
Ouvia com atenção
Estranhamente ele riu
E por incrível que pareça
O mesmo estava em sua cabeça
Com ele acontecera no Rio
Os dois morreram de rir
E ao invés de cada um partir
Subitamente entrelaçaram-se
E como nunca amaram-se