NUNCA MAIS a MANHÃ
Minha cama é nos arranjos de flores
a morte o meu vínculo com a lua
Este não mais é o planeta cujos senhores
revelam segredos do tempo da estrela crua!
Eu estou demais neste lugar, é hora de morrer,
todo instinto cessou, há deserto nas veias
minha opção é deitar n'areia
e esperar a última mensagem chegando de você
Nunca mais a manhã, nunca mais o sorriso
nem a maçã, nunca mais o aviso,
deixei na sua porta um gato visível só ao luar
e um bilhete de despedida com o número
do túmulo aonde hei de morar
o resto é o amor de um lado só
e a companhia dos pássaros contando
que tipo de monstro ficou na manhã
soprando o que era estrela e virou pó