NOSTALGIA (II)
Perco-me nas entrelinhas de labirintos sombrios
Tentando encontrar as saudades dos sonhos perdidos
No meu País de lendas infinitas e egos vazios
Que chora as mouras encantadas por guerreiros feridos.
Quantos lamentos quantas pétalas de rosas
Quanta ansiedade nas flores desabrochadas
Quantas jóias eu tive... minhas pedras preciosas!
Que se esfumaram por entre os dedos, esmagadas.
Inspiro-me na luz do sol e respiro o luar
Aspiro a natureza em violetas de esperança
Ambiciono o azul que gira no céu sem par
Como mutantes povoando mentes de criança.
Minhas asas, cavalgam num ‘Pégaso’ alvo e negro
Derrotando a Quimera com pássaros azuis
Escutando Ravel ao ritmo dum Allegro
Perdidas nas águas estagnadas dos pauis.
Visto-me de giestas floridas na madrugada
Enfeito-me de esperanças em caudais de calmaria
Entrego-me aos silêncios serenos da alvorada
No destino de lilases sorrindo à nostalgia.
By@
Anna D’Castro