O REVERSO DO AVESSO

Faz tempo que não te vejo

Uma prosa jogada ao vento

Esquecestes meu desejo

Afundou na praia meu (re) sentimento

A noite é densa marmórea e fria

O sereno contrito da inóspita solidão

Busca na escuridão a agonia de sua cria

O coração se esvazia é longa sua procissão

O dia lúgubre com neblina amanheceu

Boiando na praia o corpo inerte

Eis que voltou aquilo que era teu

Misturando-se na água a lágrima se (in) verte

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 14/02/2012
Código do texto: T3499688
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