O REVERSO DO AVESSO
Faz tempo que não te vejo
Uma prosa jogada ao vento
Esquecestes meu desejo
Afundou na praia meu (re) sentimento
A noite é densa marmórea e fria
O sereno contrito da inóspita solidão
Busca na escuridão a agonia de sua cria
O coração se esvazia é longa sua procissão
O dia lúgubre com neblina amanheceu
Boiando na praia o corpo inerte
Eis que voltou aquilo que era teu
Misturando-se na água a lágrima se (in) verte