Amor primeiro

Uma vez ouvi dizer da rotina desvanecida,

feita à ventura de sonhar com peito aberto,

sem rima, irreal como uma prosa congelada,

da Lira de Shakespeare na vida que acaba bem.

Tudo está bem quando duas almas são uma;

mas não como no platonismo dos folhetins,

nem próximo à rigidez perfeita de João Cabral.

Quero piqueniques, toalha xadrez e beijinhos.

Nas paixonites espumando em quebra-mar

bom mesmo é o friozinho que une os corpos,

aproveita e aquece a lua nova dos amantes.

Para viver um grande amor é preciso bombons

e tantos outros regalos embrulhados num laço,

como a fita no cabelo que fitei ao te escolher.

Poema publicado também no Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 14/02/2012
Código do texto: T3499192
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