OUTRO CAMINHO.

Ainda

uma flecha pontiaguda

no peito, aos poucos sangra

o coração. Um corpo

paralisado dormente

da paixão, abandonado

na alcova do amor

aos poucos me desliga,

deixa-me livre

da dor e de tudo

das contusões

do amor.

Paralisia do sono

do corpo. Um sonho

consciente eu voou.

Sobre os campos

férteis deslumbrado

com o verde iluminado,

gotejando

de suas folhas as últimas gotas

de uma chuva de verão.

Na hora mortal,

é ai que um anjo aparece

para retirar a dor,

libertar os pensamentos,

deixar livre.

Aos poucos faz o passado adormecer,

abre outros caminhos

para encontrar um novo amor.

Cláudio Domingos Borges.

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 14/02/2012
Código do texto: T3498421
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