Anjo Lusitano

Quem me dera o meu desejo fosse atendido!

Meu coração está como uma torrente de água fresca que seca no calor

Por que não morri antes de saber que meu anjo tinha asas comprometidas?

Estou sem descanso, sem sossego e sem repouso.

Não quero que teus dias sejam velozes, concede-me mais da tua presença!

Sem ela fico como folha arrebatada pelo vento

Quem me dera se minha indignação favorecesse tuas asas!

Minha alma se abate dentro de mim,

Estou saciada de amargura e meus caminhos em pedaços.

Por causa das tuas asas, anjo meu, as lágrimas consomem meus olhos.

Cristiane de Ângelo
Enviado por Cristiane de Ângelo em 17/01/2007
Reeditado em 11/02/2007
Código do texto: T349728