A Primeira Insegurança
Descobertos do pudor submersos no calor,
Com abraços apaixonados feito ramos entrelaçados,
Deslizante e abrasiva gosto salobre sensitiva,
Palato fundo e estrelado do sabor adocicado,
Aspirando seus amores respirando seus odores,
Formas nuas formam ruas contornando esse banhado,
Leitos nunca navegados como sempre desejados,
Suspirando e ofegante num percurso inebriante,
Percorrendo seus desejos penetrando seus segredos,
Explosão descontrolada vastidão iluminada,
Um momento relaxado do amor apaziguado,
Quando o fogo virou brasa e da brasa virou cinzas,
Vi o brilho nos teus olhos, não me mates, não me finjas,
Bem se se vê que é um menino desconfia do destino,
Masculina insegurança desse homem que é criança,
Não se sabe o que ele quer, se é o amor ou a Mulher,
Mas valeu a experiência, sem amor não há ciência.