vestido negro

Aquele vestido negro

Que você um dia, esqueceu.

No meu guarda-roupa, guardado.

Junto, de propósito deixastes.

Velhos frascos de perfumes,

Em cima da penteadeira.

Aquela escova, ali jogada.

Contendo, alguns fios de cabelo.

São lembranças, que restaram.

Em nosso ninho de paixões.

Restos de um grande amor.

Vividos com intensidade.

Na cumplicidade, deste apartamento.

Onde só resta saudades.

E poucas coisas que lembram.

Os momentos que aqui passamos.

Momentos que eu sempre lembrarei

Sempre que abrir meu guarda-roupa.

E ver aquele vestido negro.

E seus restos de perfume.

Eu vou recordar,

Que tu passaste por aqui.

Como sei que lembrarás,

Sempre que ouvires esta poesia

Pois, tenho certeza, que algum dia.

Alguém irá ler para você.

Então lembrarás de mim.

E terá saudades, deste ninho.

Que deixastes, para voar.

A procura, de espaço e liberdade.

Volnei R. Braga