o meu elixir
seu beijo, o sabor de hortelã
que me faz mais leve que a pluma
seu cheiro inebria e perfuma
seus óleos, o meu elixir
que bebo apressado na xana
com ela de bruços na cama
a boca peluda a mentir
que sou o seu Rei, soberano
mas isso eu não sei até quando
a vida irá permitir
e quando a cena se acaba
ela acende o cigarro
e aí eu venho e esbarro
no seu jeito de me sorrir
então ela apanha o espelho
na bolsa e ajeita os cabelos
e atende o celular
seu filho acabou de chamar
Rio, 20/09/2006