Quero...

O que eu quero você conhece,

mas desmerece e simplesmente esquece.

Quero ser tua alma conjugada no verbo amar,

tua alma escrava,

tua alma singular.

Quero mais que isso,

quero tua vida escancarada,

teus sentidos sem sentidos,

teu ser solitário,

teu destino sem caminho.

O que eu quero você entende,

mas não tolera e revela um querer aparente.

Quero teu interior insensato,

teus dias jogados,

teus planos intocados...

teus segredos amaldiçoados,

para que com minha paz teus sonhos sejam embalados.

Eu quero,

somente quero,

só sei que quero,

quero-te com simplicidade,

sem exagero,

com sinceridade,

ainda que estejas em desespero...

Eu te acalmo,

eu te protejo.

Quero apenas,

amo apenas e nada mais...

Simples e complexo querer

que constrói e me destrói em um pensar que me distrai.

Quero mais que ser a personagem coadjuvante do teu caso,

porque retorno ao início desta novela e repito de forma singela:

O que eu quero você conhece,

mas desmerece e simplesmente esquece.

Quero ser tua alma conjugada no verbo amar,

tua alma escrava,

tua alma singular.

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 10/02/2012
Código do texto: T3491152
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