Posso fazer diferente... por ti
Tu gostas do artificialismo
das palavras de pessoas afetadas,
do mundo que te cerca,
rodeada por mentiras, hipocrisias,
insanidades reais e devassas,
aceitas no teu conceito convencional...
sou eu o antissocial?
Apenas te amo, droga!!!
Não sejas tão boba!
Nos abandonando
por uma coisa tão à toa...
digas o que preciso ler
e te farei versos melhores,
tão vagos quanto a imensidão do espaço,
onde nada mais encontro,
senão, as lembranças do teu abraço,
quando te sentia tão minha,
como naquele carnaval...
essa última sílaba ainda ecoa...
me desorienta e me atordoa...
posso fazer diferente...
buscar outros temas, ser mais complacente,
fingir sentimentos que a gente não sente
e te dizer mil palavras, das quais nunca ouvi
sequer os fonemas...
não cries os problemas!
Ama-me! Reclama, mas não me deixes!
Posso me permitir plágios de outros autores,
representar em teu teatro,
inventar mil amores,
fazer de tudo para que compreendas
minha necessidade do que nunca vivi...
precisas entender-me, ou, senão, aceitar-me!
Meu amor, não quero nenhuma outra,
eu nasci pra te amar!
Se não podes ser tão exclusiva,
por causa de tuas obrigações,
não me cobres pelas fantasias
que exercito como distrações...
preencho meu tempo te amando,
mesmo quando pensas que não...
te espero porque te quero...
te desejo e não desisto,
quando quiseres, me liga!
Por favor, mais um pouco
e eu não resisto...
te amo!
Volta pra mim, minha Vênus!