DESPEDIDA
Contrito momento em que me despeço de ti. O nó na garganta, a ânsia irrestrita sacode o meu ser.
O olhar vaga morto, um tanto absorto de quem quer sucumbir!
Tuas roupas na sala, não há espaços na mala, o teu cheiro em mim!
Ouço a música baixinha que resume em acordes pedaços de nós.
Tanta coisa mal dita, tantas frases esquisitas sinalaram o fim!
Arrasto o sofrimento, o conturbado lamento que insiste em doer...
Não há magoas de ti!...Talvez, haja apenas o espanto que exprime num pranto... O que fomos enfim?!
Foi um vício, um caso, um assédio, uma doença ou um mal?
Foram dias complexos, turbulentos ou desertos programados por ti...
Já nem sei se é pesado dizer que: O amor já não mora aqui...
Mari Saes