A PONTE DO AMOR (mais um poema misto de um amor impossível e duma que se quer bela amizade...)
À eterna destinatária dos meus afectos, nestes dias em que o sol tenta romper as nuvens e inundar-me com a maravilha do seu calor e luzes
A PONTE DO AMOR
Atravessei-a sem querer
E fui parar a um qualquer lugar
Onde por muito que procure
Sei que não te vou encontrar
A ponte do amor
Coisas simples
Onde vocês estão?
Tenho a simplicidade em mim
Mas para aqui
Só trago o fardo da complicação
Enquanto te escrevo
Não escrevendo na amurada d’
A ponte do amor
É do tempo
Dos nossos avós
Em que o lirismo de um gostar
Sem sentido
Significava
Que não estávamos sós
A ponte do amor
Que não pedi
Licença para atravessar
E assim te perdi
Não te perdendo
Não sabendo
Como te alcançar
N’
A ponte do amor
Desanimado
Olho para baixo
E vejo os peixes a vencer a corrente
Que é o nosso destino
E por isso deixei
De lutar há muito
Deixei-me levar pelos teus sentires
E sou “apenas” teu imenso e nobre amigo
De feridas causadas
De batalhas ganhas
De arrependimentos consumados
De uma estranha cruzada
Que eu gostava
Que continuasse
Na estrada que leva ao infinito
Juntos
Da forma que entenderes
Da maneira que permitires
Pois a amizade
É uma forma
De amar
Talvez a mais pura
E descomprometida
E é assim
Que desta forma
Eu contigo gostava de estar
Pedindo que aceites
As minhas estrelas
Os meus planetas
Na troca desinteressada
Pelos teus Anjos
E infinitas Borboletas
E visita aos Jardins Encantados
E tu sabes bem
Por onde costumo andar:
O local
Onde me quiseres encontrar
Porque essa passagem
Pode mudar de nome
E ser uma ponte trivial
Onde nos possamos deparar
Sem que nenhum dos dois
Possa levar a mal
N’
Ponte do amor