Poema 0950 - Ama-me
Ama-me aos gritos, peço-te,
assim como amada é,
ama-me até o absurdo,
como luzes que iluminam a madrugada
ou aqueles pássaros que voam livres na praça.
Identifique aos poucos a paixão,
mas, ama-me como louca,
faça que o sangue jorre quente,
explode artérias e latejam membros,
assim como goza, me faz teu gozo.
Ande a passos largos,
pouco importa, não olhe a direção,
vem e abraça-me vida,
vem e ama-me, abraça-me noite e dia,
faça como quem nunca se contentou.
Minha rua não tem fim,
nem o sentimento começo e recomeço,
o fogo do amor é um eterno fênix,
apaga-se mil vezes e a paixão volta,
alto, céu, mais homem, mais mulher.
16/01/2007