Pedido de amor de um jovem ultra-romântico á uma jovem parnasiana

Todos meus amores; febris

Saudade de um lugar; Paris

Se eu te dissesse, que gosto de rimas

Estaria mentindo para seduzir-te

Eu sou mais andarílho desatento

Escrevo com fome á qual um miserável

O miserável não rejeita o alimento

Sei que amas as métricas, a linguagem parnasiana objetiva, toda essa lapidação de um verso.

Mas vejas bem minha cara:

Sou preso num subjetivismo louco,

Meus sonhos seriam interpretados por Freud como histeria e gostaria muito de amar-te em versos soltos modernistas.

Se eu te fosse um príncipe parnasiano me amarias?

Ou será, que a literatura é só uma criativa desculpa, para dizer que não me queres?

Princesa Parnasiana,

Transformaria todos meus versos lúgubres em rimas, se a ti fosse seduzir, mas sou ultra-romântico e meu amor sai em versos anárquicos.

Prometo a ti, que podes me ensinar a tua rima.

Mas, princesa, peço-te que aceites essa anarquia sentimental

e que beijes a boca desse débil mental!

Drussilla
Enviado por Drussilla em 09/02/2012
Reeditado em 18/08/2012
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