Moinhos de Quimeras

Pelas sesmarias, semeie,

Versos alquimiados no seio da flor

Pétala apontada pelos ventos do norte,

Movendo meus moinhos de quimeras

Desnudas n’alma!

Vislumbrando a nau,

Arremesso-me a viagem entre as palavras,

Deixando que o céu conte e me encante

Com suas histórias encouraçadas

Pela lua vagante, solitária do pôr ao amanhecer!

Encastelado pelo destino,

Sigo, me envolvendo, estreitando ainda mais

Meus laços com Chronos, Deus das mudanças,

D’onde a vida ganha brilho e sapiência,

Olhar para o que vem dentro, fé, esperança!

Se eu me for pela manhã,

Levarei no peito a luz, o colorido da voz

Que me ensinou a navegar também

Por mares revoltos, me fez compreender

Que o amor seja qual a sua forma

Sempre terá o teor do coração!

Auber Fioravante Júnior

08/02/2012

Porto Alegre - RS