Minha Morte

Como é doce a minha morte

Um doce mergulhar no nada intenso

Sentir distante o aroma do incenso

E não mais a dor da carência

Das minhas mãos estendidas

E ninguém que se importe

Ou que viva

Como é doce a vida

Que vem depois da morte

Com a lenta escuridão da noite

O farfalhar das asas densas do abutre

E as nuvens negras sobre a carne viva

Com a fome que tem guarida na vida

Ou na morte

Sentir pulsar a vida, dos vermes que devoram

A carne que então serve de comida e ninho

Neste intante interminável caminho

Da morte enquanto vivo, como toda a profecia

Não chame, veja apenas a luz, da chama fria

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 07/02/2012
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3486067
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