ÁLGEBRA no OLHAR

Peço perdão, principalmente,

pelos versos mal feitos,

por tanta coisa sem jeito

que sequer eu sei falar

Peço um perdão sem nexo

pelas rimas fáceis e a voz frouxa,

melhor seria lavar a louça

se o navio fosse ao mar

Trago em mim uma pobreza

expressa em fogo

pela álgebra no olhar

e a certeza louca

de que p'ra sempre vou te amar

Um amar de alma entregue

no coração, um amar tão nomeado

de ser unicamente teu,

que aonde há caminho pinto jardins

p'ra te bater na porta com a rosa

da minha vida na sua mão