MADRUGADA SOLITÁRIA
Um bandido bandeia a financeira dúvida
é lua cheia na estúpida teia
do anonimato
serafinas cantorias cocaínas têmperas
no mato há desatos
só o velho facínora conhece as beiras
na bela estrada a queda é traiçoeira
a fera atada cheira a chegada
madrugada solitária fada
agarra adaga no coração a farra
Meu pé de curva torta emburra a ladra
aonde ando bufa o touro
venho doido no couro viro a quadra
vira-léguas na sombra eu ganho
voraz do amarfanho
tomba o manho
Por légua virada eu dito
na égua montada o grito
o sol pontado no grifo
fere que eu te agito