AMOR ALBINO

Eu gosto tanto quando você dedilha seus dedos em minhas costas

Adoro ouvir o violino de vento

Tocando a melodia de deus nos galhos de arvores

A flauta dos seus lábios assovia a canção do amor eterno

Meu anjo que me desculpe

Mas não sobrevivo mais sem o fogo do seu inferno

Meu corpo com o seu se confunde com a relva

Entre os laços dos seus braços sou leão em plena selva

To viciado na saliva do seu beijo

De uma forma tão maçônica quero me tornar perfeito

Voar de encontro ao sol para ver evaporar os meus defeitos

Gosto do redemoinho que meu sangue faz ao te encontrar

Disritmia palpitante palavras ofegantes

E letargia por período duradouro

A alquimia do amor faz a prata dos seus olhos reluzirem a cor do ouro

De longe seu dedo indicador transforma-se em lápis de cor

Quando em forma de anzol me chama consegue colorir a minha dor

O nosso entrelaçar de línguas se movimenta no mesmo tom

Adoro depois do beijo desenhar boca no lenço com a cor do seu baton

Nossas cores se misturam

E até mesmo no escuro nosso amor se torna albino

Eu te amo, como um deus te elevo ao apogeu

E adormeço no seu colo como recém nascido sob a alma de um menino

(Mauricio Ife)

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