CONSTANTE E DOCEMENTE ...
Maria Luiza Bonini
No silêncio desta paz, que hoje impera
E, em nós, permanece serena e complacente
Trazendo-nos a suave sensação de primavera
Ama-me, assim, constante e docemente...
Na quietude cúmplice de nossos segredos
Em que ouvimos os nossos sons, somente
Na harmonia d'um terno suspirar, sem medos
Ama-me, assim, constante e docemente ...
Naquela, por nós, tão esperada madrugada
Quando tentamos parar o tempo, em nossas mentes
Suplicando ajuda aos céus, nas noites enluaradas
Ama-me, assim, constante e docemente ...
No dia em que o nosso vulto se refletirá em sombras
Pelo refletir da luz e no calor dos dias de sóis ardentes
No refúgio de nosso lugar, ao repousarmos na penumbra
Ama-me, assim, constante e docemente...
E, se algum dia, em nossas vidas, isso tudo se perder
Peço-te:- Se irás chorar teu pranto, que seja levemente...
Pois, na inevitável dor do sentir tudo o que nosso, fenecer
Continua a me amar, assim, constante e docemente...
São Paulo/Brasil
05.fev.2012