Meu anjo Maiza

Só não se desculpe, ela candidamente vem e me diz

ela sabe que os intintos são difíceis de se controlar

ame-me hoje, adore-me amanhã e diga que não pode

parar de pensar em mim, muito mais como sua amiga

Maiza, desculpe-me se me joguei de cabeça nessa coisa,

nisso aqui: preciosidade que nos dois temos e desculpa

se as vezes sou tão nervoso a ponto de não ir conseguir

lembrar aonde eu deixei as minhas chaves para pega-las

a minha comoda têm ares esquisitos de uma densa sala!

Eu não sei bem para onde eu vou agora

perdi-me no profundo badalar das horas

eu não sei o ue o mundo quer de mim exatamente

não há nada que Deus possa dizer: isso é perfeito,

pois com dores excruciantes eu abro o meu peito

e tudo aquilo é sujo, é vergonha, pecado demente

Talvez eu seja realmente um incurável doente

e talvez eu vá amar-te até o Sol vier me dizer

que nenhuma fibra deste meu incompleto ser

foi feito para amar-te como se ama toda gente!

Não me faço entender muito bem: perdoa-me, querida

eu quero-te mais do que tudo nesta minha amarga vida

não desejo mais cortar os braços para provar que sou forte

mas eis que a faca vem para minha mão ao arrancar a saúde

eu olho meu horizonte: nem um pai beningno que me ajude

mas eis que vem meu anjo para me salvar da horrenda morte

Eu não quero mais olhar para o meu passado,ver o horroroso

montro que tem me perseguido de dia eu quero meu repouso

depois de tudo qe passei nessa vida, sozinho somente a sofrer

e pergunto-me: mais que macumbaria realmante assombrosa,

armar uns bonecos voodoo pra fazer minha’lma quiça curiosa

para no futuro poder fazer chorar fatalmente todo este meu ser

Um anjo vem aqui e me diz: chega de tudo isso

chega de se cortar por nada, chega de se provar

o mais forte da manada, venha e sede submisso

viva um pouco querido e respire o puríssimo ar

Meu anjo chegou embalsamado numa humildade

esqueçeu-se de contar-me a tua brevíssima idade

que é para eu não projetar me na caríssima ilusão

de que nós dois somos do mesmo universo-mundo

eu sou só alguém escrevendo os meus versos vagabundos

e porque teria esperança que anjos viessem neste coração?

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 05/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3481207
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.