Diante do Porvir
Sou um conquistador e me seduzo de amor
Em esquinas e bares, clubes e altares
De minha consciência fogosa que goza
Nas inquietudes o vexame de minhas atitudes.
Sou um alcoólatra do amor que pranteia intensa dor
Na solidão de um claustro que tinge bem alto
As entranhas de uma saudade que nasceu na mocidade
E que navegou pelo tempo sobre as pedras do meu sentimento.
Sou o que penso e estou distante do bom-senso
Que rasurou o que fiz em busca de ser feliz
E me mergulhou num oceano onde habitam os desenganos...
Sou ainda megera criança e sonhador da esperança
Que nutre no íntimo o medo de ser tão somente um brinquedo
Que rola à toa e quebrado à espera do ser amado!