Couro/pele/perfume/pedra
Quantos lados de um mesmo poema
podem ser vistos pelos meus olhos fechados?
Quantas tentativas de eternidade
podem ser feitas pela minhas horas passadas?
E quantos minutos são necessários, gastos,
para tornar minhas horas seculares?
Tenho gravado em seu corpo deixado
entre a penumbra e os olhos fechados,
a pedra de que falo, e minha verdade
presa a seu pulso por toda a eternidade.
Esta pequena aresta de vida e encanto
quer ser definitiva mas está improvisada.
Está no pequeno círculo azul que me deu
quando uma lágrima se recusou a descer
e eu lhe disse, enquanto tocava sua face:
"nada existe lá fora, há aqui dentro,
e essa é toda a verdade".
@ xxxxxxx-xx