NOSSO IDÍLIO
NOSSO IDÍLIO
Amo-a dentro da prudência
Vivo em arrebatamento... ou coerência
Perco-me sendo cordato e respeitável
Evito ciúmes... sou por demais amável
Suspiro e soluço por seu amor
Do seu beijo na boca... o sabor
Inalo pelas narinas seu veneno
O antídoto está em vidro pequeno
Por ti sou soldado valente
Traição, injustiça... és inocente
Contra nosso idílio fazem guerra
Venceremos, não é amor que emperre
Vejo-a tal qual uma deusa da mitologia
Que torna deslumbrantes meus dias
Corpo, pernas, braços e face mimosa...
Tudo em você mostra-a airosa
Oh! Graciosa! Meu pouco... meu tudo
Dos seus lábios sorrisos mudos
És graça em meio à zombaria
Pálida a morte... não queria
(junho/1992)