Nós
...
Talvez seja a minha alma crua
na tua nua alma a fazer brisa,
todavia, porque não tua boca,
concisamente explorando meu umbigo?
O que se passa quando estás comigo?
E o que se passa quando não estás comigo?
É arrepio em forma de agrado,
é um morrer em forma de grito.
É um viver em forma de amor.
Desconfia meu querer que seja isso,
a vontade e o desejo consumado,
de lhe ter e lhe fazer amado,
de nos ter, e se doar em asas.
É depender-me em seus braços grossos,
é arremeter na pista de seus ombros largos,
caminhar no teu passado agudo,
e infiltrar-me no futuro agora.
O que se passa nesta mulher de outrora,
que hoje juramenta: nós,
e acende velas no sagrado altar,
para que as sopre todas, nos ouvidos meus.