Nós

...

Talvez seja a minha alma crua

na tua nua alma a fazer brisa,

todavia, porque não tua boca,

concisamente explorando meu umbigo?

O que se passa quando estás comigo?

E o que se passa quando não estás comigo?

É arrepio em forma de agrado,

é um morrer em forma de grito.

É um viver em forma de amor.

Desconfia meu querer que seja isso,

a vontade e o desejo consumado,

de lhe ter e lhe fazer amado,

de nos ter, e se doar em asas.

É depender-me em seus braços grossos,

é arremeter na pista de seus ombros largos,

caminhar no teu passado agudo,

e infiltrar-me no futuro agora.

O que se passa nesta mulher de outrora,

que hoje juramenta: nós,

e acende velas no sagrado altar,

para que as sopre todas, nos ouvidos meus.

Avida
Enviado por Avida em 02/02/2012
Código do texto: T3476939
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