Sereníssimo
Meu amor por ti é um deserto
Perco-me, resseco-me
Clamo, como o Batista
pregando paixão a gafanhotos
O calor de tua lembrança
mortifica-me às gotas escassas de esperança
Cambaleio sem rumo, sem oásis
debaixo da impiedade do sol ternura,
que outrora aqueceu o que já não mais lembramos
Jaz agora,
só a fome insaciada,
em entregas que meu amor creditou
Delírios me deixam são
porque a paz que tenho comigo,
da tua miragem me resgatou