Poemas para Maria lll

Maria e os Anjos

Quando vi Maria e Maria me viu,

Nosso Anjo sorriu...

Sobre nossas auras

Fez um elo inabalável, intrasponível

Duas redomas, dois casulos de vidro.

Maria abre a gaiola dos meus pensamentos

E confesso coisas íntimas de sentimentos.

Curandeira da minh'alma é Pagé,

De uma tribo extinta há muito tempo.

Maria e seus devaneios, desejos e anseios

E os Anjos fazem silêncio.

Montamos o circo,

Esticamos a lona

As cordas do trapézio.

Fada bailarina levitando

Sobre o palco iluminado da ribalta.

Alta, no alto, esguia, transluz!

Aplaudo seu brilho, sua luz.

Palhaço jogando tinta nela,

Ela é primavera!

Explodem cores inexistentes.

Lembra milharal, vinhedo, litoral,

O infinito sem fim.

Os anjos comem pipoca,

Deitados na arquibancada.

Uns sobre os outros, são tantos!

Gritando: Maria arco íris

Íris mulher de Zeus.

Final do espetáculo:

Silêncio nos aplausos!

Maria entra em sua redoma de vidro,

Nem ouso olhar,

Aquele lugar, inacessível.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 31/01/2012
Código do texto: T3473114