Coração de tecido
A sorte da minha vida,
Foi ser de verdade
Não que eu não fosse assim,
Só que deveria ser dentro de mim
Somente pra mim mesma
Entender e perceber que os fios da calma
De sentir um bem dentro de mim,
Eram somente do meu coração tecido,
Não cabia a mais ninguém
Ver, perceber, amar, gostar, admirar
Do que a quem era a dona absoluta do lugar,
De quem tinha sua chave em mãos
Deixava de ser difícil lutar
De transpor as barreiras dos pavores,
Dos sentimentos de culpa e arrependimento
Seria somente minha alma cantada de forma leve,
Da qual não feriria ninguém
Da qual não mataria ninguém
Laços de uma exposição bem feita,
Contrariando quem pensa ao contrário
Pra se viver é preciso coragem,
Pra ser sábio sem parecer soberbo,
Seria ter humildade e reconhecer
Que ainda tem muito a aprender.