Incoerência

O teu amor, na rígida inocência

É a maldosa forma de me maltratar

Sempre temendo a maledicência

Tens sempre duro, para mim, o teu olhar...

Em tuas falas, há de sobra a censura

Por preocupar-te com ambíguos sentidos

E sendo assim, constantemente tu recusas

Cada carinho que te for pedido

O teu recato, por demais intenso

É obstáculo... É constrangedor

Alucinada, nem sei o que penso

De teu estranho, frio e denso amor...

És uma pessoa estranha

Misteriosa em teu proceder

Causas-me tristeza tamanha

Pânico, raiva e também prazer...

Sou prisioneira, escravizada em ti

Alguém que perdeu orgulho e pudor

Mas a verdade é que só vivi

Depois de conhecer o teu amor...

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 16/07/2005
Código do texto: T34716