Insana dor

Desposar-me-ei de escudo vil

por escusa batalha infame;

que não possa vencer-te , ó dor

nem saudade, que o amor me inflame.

Se valente fui outrora

hoje débil e fraco sou

compreendes bem quem viveu

a dor insãna, quem amou.

D'aguas de doces fontes sorvi

de teus beijos alimentei-me

fiz-me forte e viril

por amor me desvali.

Crí, e cruel foi

crer-te em palavras e atos

descerrou-me sentimentos

oque era e foi, de fato.

Nada fiz por merecer-te

oh insana e fria dor

nada quis, alem de ter-te

oh cruel e humano amor.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 31/01/2012
Código do texto: T3471351
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