Trilogia: Amor (3ª)
Mórbido sacrilégio de Vida exaltada
Triste brandura de mim alcançada
Mar trôpego, neve – lã fina
Luz do sol que me ilumina.
Pena aprumada, sorrateira beleza
Vinga-se, e o sumo leve mel, torna-se fel com aspereza.
Puro ódio, transgredido sentimento
Destorcido em terror lento, a tristeza, o sofrimento
Desabafo mágoas, solto-as pelas falas e vozes
Não a tenho, arrancada de meus braços foi pelos meus algozes.
Algozes sarcásticos empurram-me a dor
Levam-me a sutileza da brisa do Amor.
Sem ti, Luzes são Trevas
Esplendores são névoas.
Calores ardentes, frios sobressaltantes
Momentos belos são insignificantes.
Minha Vida turbulenta ficou
Águas apossaram-se de mim, e, minh’Alma levou.
Estou naufragado neste devaneio real
Pesadelo vivido, apossado do Mal.
Um “Anjo da Realeza Divina de Luz”
Levou meu Espírito. – Onde estás tu que não me conduz?
Sem ti tudo é nada, nada é tudo.
Meu Espírito está vazio, mudo, triste, imundo.
Oh, Amor meu, por que me abandonou?
Prefiro a escandinava Morte,
Pois, a Paz se ausentou.
Seus olhos conduzem-me ao Céu
Seu lábio sereno não está junto ao meu.
Volte. AMO-TE! E assim, serei eternamente o Amor teu.