Profano
Profano
Um anoitecer de dias numa noite morta
desfolhando sonhos relembrando ilusões
os olhos parados miram um passado
eu, você, dois corações.
O tempo parado silêncio calado
soluçar na garganta juntar da dor.
Em minha alma amor esparramado
recrio lembranças vívidas em cor.
Na minha tão grande solidão
o silêncio se faz sombrio,
estranho até ao meu pensar.
A sombra de minha sombra ficou transparente,
lê se os sentimentos, sente-se os tormentos,
deste profano amar.
(L.T.)