PERTO DE TEUS OLHOS ESTOU EM CASA 




Em meu ser lutam e convivem tantos outros, estranhos perfis,
Que nem sei se ao menos sabem de mim...
Ouço suas vozes e  seus gritos.
No silêncio, o desespero, desses corpos aflitos.


As perguntas são muitas,
Mas temo não responder...
Sou uma confluência destas vozes
Que clamam por vida, na ausência de apego              

Na forma de dor mais apertada...!
Nos sentimentos que só em mim são visíveis...!
Na saudade, na solidão, no flagelo...
Na volúpia das figuras inumanas descontroladas e sensíveis!
 

Não sei mais se é assim...!
Não sinto mais o gosto das coisas...
Não separo o medo intruso
Para que o amor simplesmente vença!


Na fúria da aceitação, ou na mansidão da recusa,
Atiro palavras a ti, porque em tudo és o meu mar...                      
É o  momento que  vence o silencio da noite
Para recriar absurdos!                                         
 
É o verdadeiro poema e eterno...
Que a vida resgata em poesia,
Quando perco a coerência dos teus olhos
Sonhando alegria.                                                         
 
Em meu ser lutam perfis estranhos que não sabem de mim.
Soubessem, por-me-iam vestido sobre tuas águas.                                
Não se perderiam as palavras e os meus caminhos! 
Porque perto de teus olhos, estou em casa.

 
 
Carmem Teresa Elias e De Magela
Carmem Teresa Elias e De Magela
Enviado por Carmem Teresa Elias em 30/01/2012
Código do texto: T3470964
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