Incapaz
À luz do candelabro cuja Escuridão do quarto afugenta Em mau traçadas linhas Transcrevo o que meu peito Conter já não agüenta.E esse falso prazer que meu viver atormenta Faz do meu olhar contenda de felicidade e tristeza Na tua presença de momento,Que me traz risos Na tua ausência eterna Que me traz lágrimas,Num misto de apogeu e purgatório Onde apenas teu olhar a mim seria satisfatório.Mas passas feito brisa...Não me notas aqui E o dissabor que ficaÉ a incapacidade de dizer eu te amo!Sinto o perfume suave de tua pele...Mas nunca a toquei Sinto doce sabor dos teus lábios...Mas nunca os beijei.Não ter você me corroí E esse falso prazer que me destrói, E que alimenta meus dias de frio Nesta timidez insensata...É o mesmo prazer que me traz todos os diasA esta calçada para ver-te amada.E nesse falso prazer que meu coração ousou a despertar Num desalinho de meu destino Deixo de lado o homem e me torno um menino tímido querendo Descobrir a melhor forma de amar.