CONFINAMENTO EMOCIONAL
Tentei confinar a saudade, houve calamidade,
Que erro, ela fez uma rebelião no presídio do coração.
Juntou-se a paixão, que dizia sou explosão, imensidão.
Passou na sela dos sentimentos que estava indignado,
Não posso ser aprisionado, nasci para liberdade,
A saudade concordou e acrescentou que covardia,
Vou causar uma ventania, agoniará de dor,
Não adianta querer correr tenho boa pontaria.
A paciência tentou intermediar, pediu clemência,
Tenha calma quem quis te confinar estava sofrendo,
Queria te acomodar em um cantinho o seu momento.
O amor acabava de chegar, não entendia aquela confusão.
Explicou que às vezes tentamos aprisionar sentimentos,
Que nos causa arrependimentos, ficamos tristes sem emoções.
A paixão arrebatadora se meteu na confusão quis justificar,
Quando entro numa sintonia, enfeitiço, paraliso nada
Pode me neutralizar, preciso esvaziar e depois desencantar.
A saudade ponderou, acalmou e continuou na sua missão,
Sabia que sempre iria causar aperto no coração.
A solidão que estava de fora ficou quietinha,
Viu que era melhor ir embora, Sem demora,
Encontrou com o horizonte e bebeu em sua fonte.
Resolveram acabar com a rebelião, saudade.
Anda livre e solta senhora absoluta.
Paixão então continua arrasando os desavisados,
Que quando são pegos, ficam enfeitiçados, embriagados.
O amor pleno e absoluto reina na sua magia, alegria,
Tem muitos amigos em comum, a lua prateada,
O por do sol dourado, o mar, as estrelas,
Enfim resolveram aliviar, prometendo voltar e arrebentar.