CONFINAMENTO EMOCIONAL

Tentei confinar a saudade, houve calamidade,

Que erro, ela fez uma rebelião no presídio do coração.

Juntou-se a paixão, que dizia sou explosão, imensidão.

Passou na sela dos sentimentos que estava indignado,

Não posso ser aprisionado, nasci para liberdade,

A saudade concordou e acrescentou que covardia,

Vou causar uma ventania, agoniará de dor,

Não adianta querer correr tenho boa pontaria.

A paciência tentou intermediar, pediu clemência,

Tenha calma quem quis te confinar estava sofrendo,

Queria te acomodar em um cantinho o seu momento.

O amor acabava de chegar, não entendia aquela confusão.

Explicou que às vezes tentamos aprisionar sentimentos,

Que nos causa arrependimentos, ficamos tristes sem emoções.

A paixão arrebatadora se meteu na confusão quis justificar,

Quando entro numa sintonia, enfeitiço, paraliso nada

Pode me neutralizar, preciso esvaziar e depois desencantar.

A saudade ponderou, acalmou e continuou na sua missão,

Sabia que sempre iria causar aperto no coração.

A solidão que estava de fora ficou quietinha,

Viu que era melhor ir embora, Sem demora,

Encontrou com o horizonte e bebeu em sua fonte.

Resolveram acabar com a rebelião, saudade.

Anda livre e solta senhora absoluta.

Paixão então continua arrasando os desavisados,

Que quando são pegos, ficam enfeitiçados, embriagados.

O amor pleno e absoluto reina na sua magia, alegria,

Tem muitos amigos em comum, a lua prateada,

O por do sol dourado, o mar, as estrelas,

Enfim resolveram aliviar, prometendo voltar e arrebentar.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 30/01/2012
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