MIRAGEM
quando a noite já descia
e o sol adormecia
soprou-me uma brisa suave
mista de sol e de mar
veio uma fresta ligeira
uma réstia, um dedal
me fazendo abrir os olhos
e ver, ali em minha frente
você: inteiro, intenso... meu alvoroço
sorrindo como nunca, abrigo do meu ego
atrevido, como sempre, a me destinar
sorrisos marotos,
traçados naquele canto da boca
de me fazer sonhar...
quando meus olhos, já cansados
de tanto procurar
e meu sorriso, tolo,
adormecido e pobre, na
falta do teu olhar,
eu vi uma fresta nova no céu
a lamparina encharcada de óleo
um novo clarão em meus olhos
surgiu você....