Puro Amor
Discorro
sobre a dor que me acomete.
Ela não é mentira,
nem verdade.
Não se pretende falsa!
Discorro,
recorro à dor que vivo.
Ela varia com o tempo e espaço,
molda-se, algumas vezes
de felicidade.
Escrevo
sobre essa dor infinda que contém
meu peito.
Não é meu peito que a contém, leiam bem;
a dor contém meu peito
minha alma
e coração.
E essa minha dor
não tem pretensões grandes:
não é verdade, nem mentira ou falsidade.
Essa dor que eu preencho
é puro amor.